Quem procura, acha!

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Imperatriz experimenta um período de inchaço urbano. Pelo centro, é quase impossível encontrar um bom ponto comercial disponível para levar adiante um bom negócio. Mas se por um lado o centro da cidade está “lotado”, os arredores, os lugarejos, estão disponíveis para quem tem uma boa idéia e muita coragem de levá-la adiante.

Descobrimos, na estrada que leva ao Bairro Bom Jesus, próximo ao Centro de treinamento Anajás, um lugar super agradável e com uma comida deliciosa. Trata-se do Impório da Picanha, o restaurante de Valdenor Albuquerque.

Era cerca de 22h quando chegamos lá. Relutantes com a idéia de um lugar desconhecido pensamos em desistir, mas a vontade de provar a tal carne de sol famosa nos fez ir adiante. É um lugar diferente, com aspecto de chácara, o chão batido de terra, boa música tocando e muitas mesas dispostas. Sentamos. Uma moça logo veio nos atender. Explicamos que estávamos lá para fazer uma reportagem e que gostaríamos de saber um pouco sobre a história do lugar e a fama de seu prato especial.

Com muita simpatia, Valdenor Albuquerque, o proprietário, veio ao nosso encontro. Contamos que uma amiga tinha nos indicado o local, e que por isso queríamos provar o prato e fazer uma matéria. Ele não relutou. Abriu um sorriso e se dispôs a falar.

Contou que a idéia e o negócio surgiram há quatro anos, com o intuito de vender espetinho. “A gente morava no Centro, mas já tinha esse terreno aqui, ai tivemos a idéia de vir pra cá e montar o espetinho, porque é um lugar diferente, longe da zoada da cidade”, explicou.

A idéia não poderia ser melhor. Com um ambiente super agradável, bem distante do barulho ensurdecedor da cidade, o Impório da Picanha traz no cardápio o melhor da culinária regional. A tradicional carne de sol de lá ganha um toque de exclusividade, com a receita criada por ele mesmo, de um molho especial de bacon e queijo mussarela. Aprecie sem moderação, caro leitor.

“Essa carne vocês não vão encontrar em lugar nenhum. Só aqui. Ela é criação minha”, contou orgulhoso do feito. “Se a gente vender 100 picanhas na segunda-feira, pode ter certeza que pelo menos 50 são dessa aqui”. Com pasmo, questionamos o porquê de ele citar a segunda-feira. “Nosso maior movimento aqui é na segunda-feira. Nós funcionamos de segunda a sábado, de quatro da tarde até a meia noite”.


Publicado originalmente em 'Agora Binhi', 2011.

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