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Leilão do Grupo Quagliato obtém 100% de liquidez na 15ª FAX

Mais uma vez a Fazenda Rio Vermelho (Grupo Quagliato) abrilhanta a programação dos grandes leiloes da FAX. O leilão que ocorre anualmente e integra a agenda da Feira Agropecuária de Xinguara, cidade no sudoeste do estado do Pará obteve excelentes resultados. 

Para Wagner Romeiro, veterinário do grupo, o sucesso é resultado de todo um trabalho realizado dia a dia nas fazendas. “O grupo é uma indústria de fabricar bezerro, e pra que essa indústria seja viável nós temos que lançar mão de muitas tecnologias, inseminação artificial em tempo fixo, fertilização in vitro, uma serie de mecanismos que nós temos com o intuito de agregar valor genético a esses animais dia após dia”, afirma.    

O maior comprador dessa edição, Sr. Anacleto Bravo, falou da satisfação em participar mais uma vez do evento. “Foi um ótimo leilão, eu fiz um bom negócio. Comprei uma mula muito cara, mas é ótima e pouca gente tem, e fico feliz de estar aqui com os grandes produtores da região que trabalham na melhoria do nosso gado, isso é muito importante pra nós. Tenho mais é que agradecer a todo mundo”.

Não à toa o grupo Quagliato figura hoje entre os maiores produtores rurais do mundo. Há oito anos o grupo aderiu a um programa de melhoramento genético para raças de corte, desenvolvido pela Lagoa da Serra. O programa identifica os touros com os melhores genes e passa a utilizar seu material genético para inseminar fêmeas cadastradas. As crias são regularmente monitoradas e as novas gerações de touros são novamente testadas, num processo contínuo de aperfeiçoamento da raça. Fruto de uma sucessão de gerações, o touro Absoluto, um dos animais dos Quagliato, atingiu padrões elevados e hoje é um reprodutor comercial.

“Há 28 anos a gente procura agregar qualidade de carcaça, precocidade sexual, terminação rápida, que é o boi morrer cedo. Somos pioneiros nisso. O que vocês viram hoje é resultado de quase 38 anos de seleção, gerando bezerros mais precoces, novilhas que emprenham mais rápido que a media nacional, é a busca incessante pela otimização com o melhoramento genético, por que o que nós queremos é boi, é carne, e quanto mais cedo esse boi virar carne, ou seja, ele morrer, mais rápido é o giro e mais rápido entra dinheiro no caixa”. Enfatiza Wagner Romeiro.

O resultado de todos esses cuidados aparece no aumento da produtividade. O índice de natalidade no rebanho dos Quagliato hoje beira os 90%. Isso quer dizer que, de cada 100 vacas prenhas, em média 90 dão cria a cada ano, um resultado acima da média nacional. 

Para Beto Hernandez, diretor do leilão, a 14ª edição do evento excedeu suas expectativas. “Tivemos todos os animais arrematados, as novilhas, os bezerros e touros. Agradeço muito a todos os nossos colaboradores, produtores da região aqui de Xinguara, do sul do Pará, que vem todo ano nos prestigiando e participando do nosso evento”, destacou o diretor que aproveitou ainda para agradecer a diretoria do sindicato rural de Xinguara, que sempre tem dado apoio e logística à realização dos leiloes Fazenda Rio Vermelho. “Nos sentimos muito prestigiados”, conclui.


A Merial comemora 30 anos de sucesso de um de seus produtos carros-chefes, o Ivomec, com a marca de seis bilhões de doses aplicadas. 

O desenvolvimento que a pecuária bovina brasileira apresenta é algo espetacular, com ganhos de produtividade cada vez maiores, decorrentes principalmente da melhoria genética dos rebanhos, alimentação e técnicas reprodutivas. Possuímos hoje o maior rebanho comercial do mundo. 

Entre 1990 e 2007, a produção de carne bovina mais que dobrou, passando de 4,1 para mais de nove milhões de toneladas, com ritmo de crescimento bem superior ao de sua população e de seu consumo. Esta combinação de fatores permitiu que o Brasil se tornasse o maior exportador mundial, ultrapassando a Austrália, a partir de 2004.

Na produção de leite, o país ocupa hoje a sétima posição no ranking mundial, com um volume aproximado de 27 bilhões de litros/ano. 

Passamos por um momento de grandes transformações com a padronização de informações e a grande oferta de tecnologias que visam ao aumento da produtividade. Atualmente, a atividade busca um modelo de exploração mais intensiva, com maior número de animais por hectare, o que contribui efetivamente para a produção de carne e leite. Contudo, esse fato por um lado trouxe benefícios, por outro criou inúmeros problemas sanitários e um bom exemplo são as parasitoses. 

Raças mais produtivas, porém mais suscetíveis aos parasitas, melhoria das pastagens com maior concentração de animais por área, aumentando as chances de reprodução e disseminação destes, desmame precoce, criação de animais confinados, tudo isso favoreceu largamente a infestação por parasitas ao ponto de hoje em dia, não ser mais possível a criação econômica de bovinos sem um combate sistemático aos seus principais endo e ectoparasitas.

Os prejuízos causados pelos parasitas são perda de peso, baixa conversão alimentar, perdas na qualidade do couro, toxicoses, lesões da pele, anemia, transmissão de agentes patógenos, que provocam grandes enfermidades e podem até causar a morte.

O crescimento da pecuária no Brasil se deve, portanto, à tecnologia e pesquisa aplicada na produção de uma extensa gama de produtos farmacêuticos e vacinas para a saúde animal, segmento no qual a Merial é líder absoluta. 

A Merial pode traçar suas raízes para o final do século 19, quando Marcel Mérieux fundou o Instituto biológico Mérieux, no ano de 1897.  Seu filho, Charles Mérieux impulsionou o desenvolvimento da primeira produção em grande escala de uma vacina contra a febre aftosa em 1947 e mais tarde, no ano de 1968, a vacina contra a raiva.

Desde 1997 no Brasil, a empresa comemora 30 anos de um dos seus carros-chefes – O Ivomec. O medicamento sucesso absoluto entre produtores rurais alcança a incrível marca de seis bilhões de doses aplicadas desde o seu lançamento, no ano de 1982. E para comemorar a data, a Merial preparou uma programação especial para o lançamento da campanha “Ivomec® 30 Anos: O Sucesso da Pecuária Passa por Aqui”. 

A campanha pretende antes de tudo, prestar uma homenagem ao produtor brasileiro e destacar a importância histórica de IVOMEC® como antiparasitário que revolucionou a sanidade dos rebanhos bovinos em todo o mundo, proporcionando um salto de produtividade que alçou o Brasil ao posto de segundo maior produtor e exportador mundial de carne, segundo dados da Abiec. 

 “É um produto que prova que muito mais do que tradição, traz realmente muitos bons resultados pra pecuária, resultados comprovados, e é uma satisfação muito grande pra nós satisfazer nossos clientes e levar soluções para o homem do campo”, comenta o coordenador.

A Ivermectina Merial está entre as moléculas mais testadas e aprovadas no mercado veterinário mundial, com mais de 3000 mil trabalhos científicos publicados e mais de seis bilhões de doses comercializadas pelo mundo, uma garantia impar de qualidade. Atualmente a empresa possui um amplo portfólio nas linhas de biológicos e terapêuticos e a família IVOMEC® (Ivomec® Injetável, Ivomec Gold®, Ivomect Pour On® e Ivomec F®) com participação importante na linha de produtos de uso estratégico no controle das principais pragas e doenças. 

Para Carlos Nunes, o sucesso da marca é algo que vem sendo consolidado aos poucos, fundamentado basicamente em parcerias sólidas. “A gente já atua há algum tempo nessa área, prestigiando clientes que ajudam a desenvolver a pecuária, então eles entram com o gado, com todo o sistema de produção e a gente entra com produtos de qualidade, e a melhor solução e assistência possível”, explica o coordenador, que eleva o nome da empresa com grande satisfação: “Eu trabalho numa empresa idônea que prioriza principalmente a inovação, que tem um investimento pesado em cima de pesquisa e hoje alcança mais de 150 países, sempre priorizando a ética e a qualidade. Eu já peguei o barco andando, mas é um prazer imenso fazer parte disso”, concluiu.


Biogénesis-Bagó discute vantagens do protocolo reprodutivo monodose com produtores na 15ª FAX

A Biogénesis-Bagó trouxe novamente à Xinguara grandes profissionais do agronegócio debatendo sobre assuntos de relevância para produtores e profissionais da área. O coordenador técnico de vendas, Marcos Vinícius S. Pessoa falou das novidades sobre aspectos técnicos e empasto financeiro do protocolo monodose em fazendas de gado de corte. 

A palestra contou com a presença maciça de pecuaristas, profissionais do agronegócio da região e demais interessados na área. O evento obteve grande sucesso. 

O coordenador procurou demonstrar com base em números reais a economia que se faz com o uso do protocolo reprodutivo monodose. Segundo ele, o produtor só tem a ganhar ao aderir à técnica. “Sistemas de produção de cria de bovinos de corte podem ser avaliados através de indicadores reprodutivos, como taxas de prenhez e natalidade, só que pra obtenção de resultados reprodutivos satisfatórios é necessária uma associação de fatores que envolvem manejo, sanidade, nutrição e genética”, expôs Marcos Vinicius.

A Biogénesis-Bagó é uma companhia que nasceu da fusão de duas empresas líderes argentinas em sanidade animal e biotecnologia: Biogénesis e San Jorge Bagó. Com experiência de mais de 60 anos no mercado, a empresa desenvolve, produz e comercializa seus produtos na América Latina, Central, do Norte, Extremo Oriente, Leste Europeu e África do Sul.

“A palestra veio de encontro às necessidades dos produtores da região, no que diz respeito à melhoria do rebanho, lucratividade e manejo dos pastos”, declarou o produtor Armando Junior, da fazenda santa Lucia.

Hoje a empresa apresenta um portfólio de 60 produtos entre biológicos (febre aftosa e demais vacinas virais e bacterianas), endectocidas, produtos para reprodução, antibióticos, farmacêuticos e ectoparasiticidas.

No Brasil, as atividades iniciaram há 10 anos em Londrina (PR), e logo passaram para Curitiba, sede da empresa no país. 

Atualmente atua no país com a linha mais completa de vacinas para bovinos. Com programas de certificação sanitária e protocolos de sincronização, a empresa se destaca também por atender o mercado na prestação de serviços de transferência de tecnologia no campo da sanidade e reprodução animal.

Frigorifico Mafripar de Xinguara é referência no Brasil e no mundo


O frigorífico é um dos quatro do país autorizados a exportar carne para a Ucrânia.
Priscila Gama

A cidade de Xinguara no sudoeste do estado do Pará é recordista de abate de gado no estado e a nível nacional e internacional também se destaca, registrando ainda números positivos de exportação de couro e gado.

De acordo com João Bueno, sócio-proprietário do Frigorífico Mafripar, com sede no município e um dos maiores da região norte, a empresa chega a abater 700 animais por dia, atingindo a quantia de até 15.000 cabeças por mês, com média anual de 200 mil abates.

O empresário ressalta que o frigorifico possui 650 funcionários e exporta carne, principalmente dianteira, para cinco países, entre eles Venezuela e Egito. “Podemos dizer que aproveitamos 100% do boi”, comemora João Bueno.

O setor de carnes do Brasil, que segue bastante movimentado, recebeu ainda no ano passado um pedido para habilitação de quatro novas plantas para vender carne bovina à Ucrânia. Situado na região sudoeste do Pará, o frigorifico Mafripar foi um dos quatro frigoríficos brasileiros autorizados a exportar carne para o país.  A liberação foi resultado de uma missão de veterinários ucranianos ao Brasil, que inspecionaram criteriosamente as unidades.

Atualmente 20 plantas já exportam para aquele destino, principalmente com miúdos e língua. Em 2010, o Brasil exportou para a Ucrânia 10,3 mil toneladas de carne bovina, com receita de US$ 38,3 milhões, o equivalente a 0,8% do total de exportações brasileiras no período.

O Brasil ocupa hoje o 4º lugar no rancking nacional de exportação, sendo que a praça paraense absorve cerca de 90% do mercado. Atuando há 19 anos no setor, o frigorifico Mafripar se destaca no cenário nacional, uma vez que está localizado no território paraense, uma das melhores praças do país, face à sua privilegiada localização geográfica. Primando pela qualidade, o frigorifico Mafripar objetiva romper barreiras e exportar para os grandes mercados, como Europa e Estados Unidos. “Nosso foco é chegar a esses grandes mercados”, conclui João Bueno.
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Dow AgroSciences apresenta seu novo produto, o CONVERT* HD364

Priscila Gama

Empresa líder no mercado de sorgos e milhos especiais, a Dow AgroSciences trouxe para o auditório do Senar a grande novidade da marca: o Convert HD364, nome comercial dado à Bracharia híbrida cultivar mulato II (CIAT 36087), uma gramínea de alta qualidade e produção forrageira, adaptada aos solos tropicais ácidos e bem drenados.

A apresentação do novo produto impressionou o público presente na palestra. O produtor rural Daniel Rodrigues, da Fazenda Bom Jesus no município de Sapucaia, aposta no produto. “Acho que vale a pena experimentar a novidade, por que a gente tem que buscar novas tecnologias pra aumentar a produtividade. Eu vou plantar um pedacinho lá nas minhas terras pra experimentar. Se der certo, continuo”. Declarou o pecuarista.

O CONVERT* HD364 é utilizado principalmente para o pastejo com bovinos de corte ou com vacas de alta produção leiteira, mas, por sua alta qualidade e capacidade de produção de forrageira, se apresenta também como uma boa alternativa para ensilagem e fenação. “Trata-se de um híbrido tetraploide que tem uma ampla faixa de adaptação, tanto em ambientes úmidos como secos”, declarou Bernardo Veras, palestrante oficial da empresa.

A qualidade da forrageira do CONVERT* HD364 é alta, em comparação com outras gramíneas tropicais e o consumo por bovinos sob pastoreio também é alto, o que se traduz em produções significativamente maiores de leite em condições similares de uso, em relação às outras do mercado.

A palestra foi feita mais uma vez em parceria com o Correntão Rural, empresa já reconhecida em toda a região sul do estado.

A Dow AgroSciences já está há 52 anos no mercado nacional, sempre buscando inovar e trazer novas tecnologias e soluções para a melhoria da produtividade das pastagens. “A nossa expectativa é que cada vez mais produtores aqui da região busquem as tecnologias e soluções da Dow, para que possam crescer junto com a gente”, conclui Bernardo Veras, palestrante e representante da empresa.
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1ª Conferência Urbanística de Parauapebas reúne autoridades e populares em torno de discussões emergenciais

Priscila Gama

A realização da Conferência da Cidade de Parauapebas terminou com a aprovação, em sessão plenária, de novas propostas do Conselho da Cidade para o município. As propostas foram discutidas e aprimoradas pelos delegados da Conferência reunidos em grupos temáticos. 

Entre as prioridades aprovadas no âmbito municipal, destaque para o desenvolvimento de uma política de integração da região, uma vez que Parauapebas e os municípios vizinhos enfrentam problemas comuns que precisam ser solucionados de forma conjunta. 

“Esta conferencia reafirma o compromisso do governo Valmir Mariano com o planejamento, portanto, ele pretende situar Parauapebas como uma cidade moderna, plural. Nós entendemos que a participação no planejamento é uma forma de nos apoderarmos da situação”, destacou o coordenador Célio Costa.

No tocante à mobilidade urbana, os delegados sugeriram a implementação de políticas públicas para o setor. Na área relacionada ao meio ambiente, foi indicada como prioridade a solução de conflitos entre a legislação ambiental e a legislação urbanística.

“A preocupação central é fazer com que a comunidade participe que a sociedade contribua com suas idéias e sugestões. Por que nos entendemos que a questão do planejamento passa pela população visto que o beneficiado direto é a população; O que nós queremos corrigir os débitos sociais, político e econômicos da cidade, dotar de infra-estrutura Parauapebas para que ela possa crescer de forma sadia”. Milton Zaire deputado estadual.

Na ocasião, foi lançado ainda um programa de desenvolvimento e investimento cultural que contempla investimentos do governo para a região. Provavelmente Parauapebas será uma das poucas cidades no Brasil que em 100 dias estará com um plano de governo já pronto para entrar em atividade.


As questões relacionadas à habitação e à função social da propriedade do solo urbano tiveram grande destaque nas prioridades eleitas, evidenciando grande preocupação e interesse da sociedade civil organizada em relação a esse tema. “Foram dois dias de muitos debates, discussões e grande riqueza de contribuições. Todos os representantes das organizações e entidades puderam se manifestar, trazendo seus pontos de vista, com o interesse maior de contribuir para a qualidade de vida das pessoas e o desenvolvimento de Parauapebas”, avaliou Sônia Maria Ferreira Pinto, representante do conselho estadual da cidade.

“As decisões aqui tomadas serão apresentadas na Conferencia Estadual, então a nossa responsabilidade é muito grande”, finalizou o Sr Jose Homar Arrais, chefe do gabinete e representante do Sr. Valmir Queiros Mariano, prefeito de Parauapebas.

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ADEPARÁ mais uma vez presente na Expo Xingu, realiza programas de conscientização entre os produtores da região

Priscila Gama

Ainda que possua uma legislação de defesa agropecuária, somente leis não garantem que um país, estado ou município esteja protegido da entrada de novas pragas e doenças.  É preciso que o cumprimento das leis seja acompanhado pelos órgãos de fiscalização e que a população, tanto urbana como rural, esteja consciente e domine conhecimentos básicos para prevenir a entrada de pragas e doenças e que saiba combatê-las, caso elas venham a ocorrer.

No Pará, o órgão responsável por esta tarefa tão importante é a Agencia de Defesa Agropecuária do Estado do Pará- Adepará. Entre suas principais atribuições estão o planejamento, coordenação, normatização, fiscalização e execução de políticas de saúde animal e vegetal e de defesa sanitária. 

Em decorrência da 7ª Expo Xingu, a equipe da Regional Tucumã se fez presente na feira. “Uma oportunidade de estreitar os laços com os produtores e atualiza-los das novidades relacionadas à saúde animal”, disse o coordenador regional Clécio Witeck.  A Regional agrega os quatro grandes municípios de Tucumã, Ourilândia, Água Azul e São Félix do Xingu. 

Uma das novidades esse ano é o “Caminhão da Educação Sanitária”. Trata-se de um novo projeto da Adepará, que visa acima de tudo, uma aproximação com o produtor, de forma a conscientiza-lo sem amedronta-lo. Uma forma de promover a interação entre produtores, veterinários, agrônomos, técnicos agrícolas, engenheiros florestais e demais profissionais da área. 

“É importante que a gente valorize e apoie as aglomerações de animais com os leilões, as vaquejadas, as exposições agropecuárias. É nesses locais que podemos fazer um trabalho impar de conscientização e educação sanitária”, enfatizou o diretor Mario Moreira. “Nós queremos e fazemos questão que eles não vejam a agência de defesa agropecuária como um órgão de punição, mas sim de apoio. Nossa meta é ajudá-los a ter um rebanho cada vez mais saudável e produtivo”, destacou.

O Projeto tem como objetivo dar suporte às ações de inspeção e defesa animal e vegetal, buscando informar e estimular a mudança de hábitos em seu público alvo.  As ações educativas são desenvolvidas junto às comunidades e entidades representativas de produtores rurais, além de escolas do meio rural e urbano, feiras agropecuárias e outros eventos do setor. 

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Banco da Amazônia S/A (Basa), presente na Expoama, proporcionou grandes oportunidades de negócios e financiamentos aos produtores da região

Priscila Gama


O Banco da Amazônia S/A (Basa) apresentou uma linha de financiamento denominada “Amazônia Sustentável Exposição Feira”, destinada aos pecuaristas filiados ao Sindicato dos Produtores Rurais de Marabá (SPRM), durante a 27ª Exposição Agropecuária de Marabá (Expoama), que ocorreu no período de 6 a 14 de julho.

O Basa vem incentivando a atividade produtiva do agropecuarista há muito tempo. “Estamos apresentando uma grande disponibilidade na agressividade do mercado e aumentando o financiamento de equipamentos que vão facilitar bastante a vida desses produtores. Temos tecnologia aliada ao credito facilitado não há duvida de que o resultado será de estrema satisfação”, pontuou Nélio de Jesus, gerente da agencia Basa Nova Marabá.

No estande montado na feira, os clientes puderam realizar financiamentos e negociações. Ano passado foram financiados pelo banco algo em torno de 8,77 milhões, numero superado este ano, que ficou próximo dos 10 milhões. Os recursos, segundo o gerente, são do FNO – Fundo Constitucional de Financiamento do Norte –, com taxas de 3,53% ao ano e 100% financiado. 

Para o pecuarista e médico veterinário Hélio Moreira Junior, o papel do Basa dentro da feira é de fundamental importância. “É uma forma de aproximação, além de facilitar as negociações”. Ele que também é presidente da diretoria jovem do sindicato dos produtores de Marabá, falou da rapidez de ação do banco. “O meu projeto foi concluído em 45 dias e o do caminhão foi menos de 20 dias”, elogiou.
A parceria com o Basa, por meio de uma linha de crédito específica, diminui as dificuldades para se obter linhas de crédito para o produtor que precisa de uma injeção de capital para expandir seus negócios e assim, contribuir com o desenvolvimento da região.

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UNIEC  - Uma associação à serviço do Agronegócio no Estado do Pará

Priscila Gama

A União Nacional da Indústria e Empresas da Carne (UNIEC) foi fundada em de março de 2007, como União das Indústrias Exportadoras de Carne do Estado do Pará. A associação civil congrega empresas ligadas à cadeia agroindustrial da carne em todo o Brasil e vem colaborando para a melhoria da imagem do setor e enfrentando de maneira objetiva os principais problemas que ameaçam a estabilidade dos negócios da carne no Pará.

Questões tributárias, ambientais, sanitárias, infraestruturais, de oferta de matéria prima e de abertura de novos mercados marcam a atuação da UNIEC, é o que afirma o Presidente da associação, Francisco Eduardo Oliveira Victer. 

“A UNIEC nasceu ainda como União das Indústrias Exportadoras de carne do estado do Pará em 2007. Na oportunidade eu era diretor geral da ADEPARÁ, foi quando conseguimos aprovação pelo ministério e a elaboração de um relatório que foi submetido ao OIE e que foi aprovado na comissão científica da OIE e que em maio de 2007 foi homologado pela assembleia geral da OIE em Paris certificando e declarando o sul e sudeste do Pará como área livre de aftosa como vacinação. A partir daquele momento o Pará adquiriu a condição de poder comercializar carne sem restrições para o Brasil e também para o mundo e foi naquele momento que as indústrias paraenses fizeram um convite a mim e uma proposta que nós criássemos uma organização para que pudéssemos acelerar esse trabalho de colocar o Pará no mercado internacional”, destaca o presidente.

Natural de Juiz de Fora (Minas Gerais), graduado em Ciências Agrícolas pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), com pós-graduação em Economia Rural pela AEUDF (Distrito Federal) e Defensivos Agrícolas pela Universidade Federal de Viçosa/ABEAS (Minas Gerais), Francisco Victer já reside há 20 anos no Pará. 

Ele, que já exerceu cargos de secretário municipal de Desenvolvimento em Redenção, deputado estadual, secretário de Estado de Agricultura, diretor da Agência Estadual de Defesa Agropecuária, dentre outros cargos, reúne experiência suficiente para o cargo que hoje ocupa.

As linhas básicas de atuação da UNIEC são voltadas para a melhoria da competitividade, aumento da produção e da produtividade e agregação de valor dos produtos de toda a cadeia.

“Primamos pela qualidade, mas também pela legalidade. Nossa missão é discutir temas nacionais para a pecuária como a questão ambiental, social, tecnológica, sanitária, enfim, todos os desafios que nós temos e fazer isso em cadeia integrada, nós entendemos que é desta maneira que conseguiremos dar a população brasileira um produto de altíssima qualidade com preços acessíveis”, explica.

A Federação da agricultura do estado do Pará é parceira da UNIE e no conjunto a confederação nacional da agricultura existe ainda uma articulação com a ABIEC (Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne), a ABRAFRIGOS (Associação brasileira dos frigoríficos), além de uma integração com os governos que formam outra parte imprescindível neste processo, não do ponto de vista de dependência do governo. “Nós temos conversado muito com o governo, a parte tributária, infraestrutura, as políticas públicas que venham facilitar o desempenho do negócio pecuário”, pontua.

A Associação representa grandes empresários do agronegócio regional."Reunimos desde o proprietário de uma única indústria até um conglomerado de empresas com é caso da JBS que está no Brasil e no resto do mundo. Acho essa integração muito importante dentro do próprio setor", conclui.

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Joás Melloto (Perfil e histórico empresarial)


Priscila Gama


Uma pequena indústria de 350 metros quadrados dedicada à produção de postes. Assim começa a história da Melloto, indústria situada na cidade de Rio Maria, no extremo sul do Pará.

Joás Melloto conta que chegou à região em 1986, muito esperançoso e de olho no futuro da cidade que na época, não tinha nenhuma estrutura. Também pudera! Rio Maria em 1986 era apenas uma criança de 4 anos de idade, mas desde então, já se via que iria crescer muito.

Com uma economia voltada para a pecuária de corte e para a mineração, a cidade experimenta hoje tempos de pleno desenvolvimento, do qual orgulhosamente faz parte o Sr. Joás Melloto e sua família.

“Eu entendi que essa região ia ter um grande desenvolvimento no setor agropecuário e minerador, então eu apostei minhas fichas e vim pra cá”, conta o empresário paulista que chegou à cidade para trabalhar como piloto de avião, profissão que exerceu até o ano de 2008.

Casado com Dona Marlene Aparecida, pai de dois filhos (Daniel e Danilo) e avô de uma neta (Danielly), ele fala do caminho percorrido até chegar ao nível de credibilidade que tem na região. “Dos 350 m² que tinha quando iniciou hoje a indústria ocupa 5.000 m². De apenas dois funcionários em 1987, hoje são cerca de 15”.

Entre os produtos fabricados estão postes, tubos para bueiros, currais, materiais para cerca, galpões, entre outros. Uma diversificação que faz da indústria uma das mais procuradas em toda a região. A empresa atende hoje duas mineradoras, diversos loteamentos e grandes fazendas da região. “Hoje a gente consegue produzir tubos uma media de 50 tubos por dia e 18 postes”, pontuou.

Joás enfrentou muitos problemas no inicio, principalmente com a falta de matéria prima e a descrença da região em produtos feitos a base de concreto. “Na época quando se falava em concreto as pessoas riam um pouco porque diziam que a madeira nunca acabaria. Então eu observei que a exploração madeireira era muito grande e ninguém plantava, a tendência seria o concreto”, vislumbrou.

Em seu estande na 23ª ExpoSul, o empresário trouxe para o publico visitante as ultimas novidades de sua empresa. Dentre elas, a construção de pré-moldados.  “Estamos aí com um projeto de uma cerca ecológica, só a base de arame e concreto”. A maior vantagem do produtor em contratar a cerca ecológica é a durabilidade, explica: “Elas duram de 30 a 35 anos, não tem problema de cupim e também não tem risco de pegar fogo, além do que, o custo dela é 800 reais mais barato que as tradicionais”.

Outra novidade são os currais anti stress. “Eles levam esse nome por que o gado não tem contato direto com quem lhe aplica as vacinas, isso diminui o estresse tanto do animal quanto das pessoas que lidam com ele”, conclui.

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TNC realiza palestra especial com produtores rurais na 7ª Expo Xingu

Priscila Gama

A The Nature Conservancy (TNC), maior organização de conservação ambiental do mundo, realizou na 7ª ExpoXingu palestra com produtores rurais sobre a questão do desmatamento. Criada em 1951, a organização atua em mais de 35 países com um objetivo comum: Proteger a natureza e preservar a vida. Na ocasião, foi lançado o Projeto “Pecuária Sustentável”.

Muitos produtores e trabalhadores rurais dependem da renda que vem da criação de gado para seu sustento. Na medida em que as pastagens vão se deteriorando, cortam-se mais árvores para abrir espaço suficiente para o rebanho. Esse processo é potencializado pelo baixo custo da terra na Amazônia e pela fiscalização limitada para controlar a expansão. Em outras palavras, a economia desses municípios voltados para o agronegócio depende do aumento das taxas de desmatamento.

É por isso que a TNC e seus parceiros em São Félix concentram esforços para garantir um futuro melhor para as comunidades locais por meio do desenvolvimento de um programa que reduza as emissões de carbono resultantes da destruição e degradação de florestas. A intenção não é impedir que essas pessoas façam uso da floresta, até por que esta é a base do sustento de toda a região. Na realidade, o objetivo da organização é colaborar para a redução de emissões e criar soluções que permitam oportunidades econômicas que não dependam do desmatamento.

“Nós queremos mostrar para a região que existem outras formas de trabalhar que não seja a derrubada da mata. Queremos mostrar para o mundo todo que São Félix do Xingu é um dos maiores rebanhos do país e consegue ter uma carne sustentável”, disse o Presidente do SinRural, Wilton Batista.

São Félix do Xingu já figurou entre os mais devastadores do meio ambiente no mundo, com elevadíssimos índices de desmatamento. A má fama, porém, foi vencida. Hoje, o município se orgulha de uma pecuária sustentável, com produtores rurais cada vez mais conscientizados.

O município se gaba hoje de possuir 80% de área cadastrável inscrita no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Atingir esse percentual é um dos três requisitos estabelecidos pelo Ministério do Meio Ambiente para a exclusão de um nome da lista do desmatamento. A segunda condição, desmatamento menor que a média dos últimos cinco anos, também já foi atendida. Esse índice não é qualquer coisa, ainda mais se levarmos em consideração a extensão territorial do município. A área total de São Félix é maior que o território da Áustria e equivale a quase duas vezes o tamanho do estado do Rio de Janeiro.

“Até 2009 a pecuária era totalmente associada com a devastação do meio-ambiente, mas dialogando com o setor, percebemos que não era essa imagem que o setor queria para si e a partir desses esforços que estamos fazendo desde então com o apoio do Fundo da Amazônia, o cadastramento de ambientes rurais de acordo com os parâmetros de conservação ambiental. Saltamos de dois cadastros em 2007 para 300, agora em 2013”, destacou Tereza Moreira, especialista em governança ambiental na TNC.

A TNC está desenvolvendo ainda em São Félix um projeto voltado exatamente para a conscientização dos proprietários rurais do município sobre a importância do CAR e seu caráter não punitivo, os auxiliando, também, a realizar o georreferenciamento de suas fazendas. Esse trabalho foi vital no alcance do percentual de CAR e continuará até que toda a área cadastrável esteja registrada.

Na 7ª ExpoXingu durante a palestra, lançaram o projeto intitulado “Pecuária Sustentável”. Este possui cinco linhas de atuação principal e está sendo realizado em parceria com a prefeitura e o apoio do frigorifico Mafrig.  “Estamos juntando esforços porque São Félix do Xingu tem uma das maiores produções de carne desse país. Temos gigantes empresários e parceiros se unindo pra virar essa página, nós apostamos numa virada verde e esperamos que essa virada aconteça o mais rápido possível”.

Desde o seu início, o projeto prevê a implantação de 20 unidades demonstrativas de boas práticas agropecuárias. Segundo Tereza, o investimento do Frigorífico Mafrig tem sido de suma importância para a realização das atividades do projeto.  “São três pontos principais que estamos colocando: gestão administrativa, bem estar animal e manejo da pastagem. A nossa expectativa é que essas 20 unidades que estamos abrindo, possam atingir, ainda que indiretamente, pelo menos todos os associados do sindicato e boa parte da Marfrig”, contou a representante da TNC.

A palestra envolveu 16 grandes produtores que foram orientados a fazer melhorias produtivas nas fazendas, regulamentação ambiental, melhoramento da gestão da propriedade, melhoramento da condição social dos seus colaboradores e também a questão da regulamentação fundiária. “A gente acredita muito nesse trabalho porque queremos mudar essa imagem da região e conseguir valorizar nosso produto frente a outros mercados, prezamos por qualidade e respeito ao meio ambiente”, destacou o presidente do SinRural, Wilton Batista.

Segundo Wilton, a principal meta do projeto é mostrar para a região que existem outras formas de trabalhar que não seja a derrubada da mata. “Queremos mostrar para o mundo todo que São Félix do Xingu é um dos maiores rebanhos do país e consegue ter uma carne sustentável e talvez criar um selo de São Félix do Xingu, atestando qualidade da carne e o respeito ao meio-ambiente”, vislumbrou.

No evento, estiveram presentes representantes do Governo do Estado do Pará, lideranças locais e produtores rurais.

“A repercussão dessa iniciativa aqui em São Félix foi muito positiva, a gente tem certeza que os bons frutos dessa iniciativa vão influenciar todo estado do Pará. Gostaria de agradecer ao sindicato por nos dar a oportunidade de falar do nosso trabalho”, conclui Tereza Moreira.